Depois de ver “Teenage Dream” indicado a ‘Álbum do Ano’ no Grammy 2011, parece que Katy Perry e sua trupe de produtores sentiram-se no direito de escolher uma das piores faixas do trabalho para lançarem como single.
“E.T.” é a bola da vez: um single desnecessário que torna-se uma vergonha maior ainda por suceder “California Gurls”, “Teenage Dream” e “Firework”, todos #1 nos charts da Billboard. A música mais parece um rascunho mal feito de “All The Things She Said”, hit que a dupla de falsas lésbicas t.A.T.u. emplacou em 2003 ao redor de todo o globo. Muito embora a voz de Katy Perry esteja muito bem trabalhada (dentro de todas as suas inúmeras limitações), a produção peca com uma batida que logo no primeiro minuto nos faz implorar por misericórdia.
Na verdade, “E.T.” foi escrita para o grupo Three 6 Mafia. Entretanto, Dr. Luke acabou achando um jeito de colocar a produção no álbum da californiana. Dizem as más línguas que Luke e Perry não se falam mais. Muito prudente.
Para completar o show de elementos desnecessários, o single definitivo acabou por contar com a parceria de Kanye West, o rapper mais desesperado por atenção e holofotes da década. West abre o single cantando “I got a dirty mind, I got filthy ways / I’m trying to bathe my egg in your milky way,”. Mas o cantor consegue superar as barreiras humanas do inacreditável ao final do single com o poético verso “Tell me what’s next, alien sex? I’m-a disrobe you, then I’m-a probe you.”. Tudo isso completa perfeitamente todo o duplo sentido de Perry que clama ao longo da canção que o tal E.T. seria supersônico e que deveria enchê-la com seu laser e veneno. Sofrivel, porém real.
Vale lembrar que mesmo com tal letra, E.T. acabou sendo lançada como single pelo fato de a gravadora considerar a potencial “Peacock” ‘pornográfica demais para o público de Katy’. Façam seus próprios juízos da valor.
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