sexta-feira, 20 de maio de 2011

Termômetro: Lady GaGa – The Edge Of Glory

Termômetro


Ehttp://a1.twimg.com/profile_images/1354406679/rostotwJPG_bigger.jpgm sua louca e desesperada caminhada sem limites para se tornar a nova rainha do pop, Lady GaGa comprovou ao mundo, com seu último single, “Judas”, que parece ter se esquecido de que, além de polêmicas e tentativas de chamar atenção à qualquer custo, o ponto mais importante a ser levado em consideração é o da qualidade musical.
Há que se dar, contudo, um desconto à artista:  a cruz que a mesma carrega em suas costas por ter atingido seu atual patamar na música, graças ao álbum “The Fame – Monster”, não deixa nenhum outro artista mainstream atual com qualquer tipo de inveja. Qualquer produção que lance, por mais hype que contenha, não será considerada boa o suficiente por praticamente ninguém.
Eis que a americana não perdeu tempo e se prontificou em disponibilizar no iTunes de todo o planeta, mais uma faixa de seu novo álbum “Born This Way”.
“The Edge Of Glory” não aborda religião, bullying, minorias e nem sobre direitos humanos. A canção não passa de um single bem menos pretensioso que os precedentes, no qual GaGa parece ter se importado mais com o ponto musical da questão, justamente o que fez de Stefani Germanotta a mundialmente conhecida Lady GaGa.
Com um refrão forte e marcante, o single é um interessante produto obtido com a junção entre dance music e sonoridades claramente depressivas, acrescidas de uma boa dose de sintetizadores finalizados com um ótimo solo de saxofones em middle eight que nos remetem a singles do passado como “Digital Love” de Daft Punk e “Dancing In The Dark” de Bruce Springsteen. Para melhorar, a cantora ainda nos poupou das rimas repetitivas que vinha utilizando em diversos singles, quase sempre tentando rimar algo com “gaga” ou “lala”.
“The Edge  Of Glory” não é um hino. Não é um single inovador. Não é, nem de perto, um dos melhores singles da carreira de Lady GaGa. É apenas um single que traz, aos fãs da cantora, o alívio em saber que ela pode acabar não se afundando em seu próprio show de sensacionalismos desnecessários, desde que volte a ser uma artista normal, sem pretensões além de sua real capacidade.

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