sexta-feira, 6 de maio de 2011

Termômetro: Ke$ha – Blow


Ela foi um dos maiores nomes de 2010 graças ao hits “Tik Tok” e “Your Love Is My Drug”, que dominaram os charts mundiais e fizeram com que seu debut-album “Animal” vendesse mais de 1 milhão de cópias apenas nos EUA.
Se por um lado o sucesso da jovem Ke$ha era inquestionável, por outro, sua personalidade forçada e postura de alcoólatra de matinê deixavam no ar a possibilidade de um iminente e previsível curto prazo de validade no mercado.
Fato é que, mesmo com todos os pontos negativos enquanto artista e celebridade, a americana vem se mantendo com estabilidade no concorrido e imperdoável cenário mainstream atual. Seu EP “Cannibal” emplacou mais um hit mundial, “We R Who We R”, e teve vendas, digamos, razoáveis.
“Blow” é o segundo single do EP. A canção é mais uma produção afogada em muito autotune e com as mesmas batidas que Ke$ha já cansou de usar em seus outros lançamentos. A série de deja vu’s é fortalecida com o refrão recheado com repetições silábicas que nos remetem imediatamente a singles como “We R Who R” e “Till The World Ends”, ambas escritas pela própria cantora. Ainda no tema ‘mesmice’, vale ressaltar que a produção fica por conta de Dr. Luke e Max Martin, que já estão ficando carimbados e pedantes nos charts globais.
Nenhum pecado imperdoável. Se por um lado, Ke$ha não tem qualquer indício de star quality ou identidade própria, por outro, ela é uma eficiente compositora de singles descartáveis e, desde o começo de 2010, tem sido a responsável por alguns dos maiores hits das pistas de dança de todo o planeta. Nada mau para uma artista que busca emplacar na atualidade e precisa ter ciência de que não deve ter pretensões de qualquer possibilidade de longevidade artística.

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